segunda-feira, 28 de maio de 2012

Não esquecer...

Sempre que existe algo importante fazemos questão de não esquecer, anotamos no rodapé do livro aqueles pensamentos pertinentes aquela página ou parágrafo em específico, ou anota na mão o número ou algo que temos que fazer.
E com as pessoas, fazemos o que?
Poderia falar algumas formas de tentar "esquecer", mas não seria de validade formal, já que ninguém é igual a ninguém, e claro, se não existe fórmula do amor...também não existe fórmula do "desamor".
Há maneiras de se forçar ser dormente, em que não pensar na pessoa por algumas horas você acha que já está curado.
Infelizmente, feridas não se curam em horas, quiçá dias.
"Tempo tempo, mano velho, tempo tempo mano velho...vai vai vai vai..vai, tempo amigo, seja legal..."(8)
A vida é submersa de encontros e desencontros, e quanto mais tentamos sair desse eterno afogamento, mais nos deparamos que existe mais desencontros do que encontros, e pessoas que são/foram importantes acabam virando lembranças...boas lembranças.
Antigamente, não digo que era aquela pessoa que tinha um armário invisível em que estavam lá todas as pastas empilhadas de pessoas que passaram pela minha vida e exatamente o que elas fizeram comigo e vice-versa...Maaaaaas, acho que mudei, entende? Resolvi fazer aquela faxina e deixar tudo aonde é o lugar exemplar: Passado. Passa a chave. Deixa onde está. Tristeza. Momentos ruins.
Não falo que só porque as conheci lá (passado.) que elas só podem ficar exatamente lá. NÃO.
Passado, Presente, Futuro são estados de espírito, pessoas não são descartáveis, são reais, e podemos levá-las junto ao corpo mesmo sem estar na presença.

Cada pessoa que passa pela minha vida me ensina. e isso eu Não vou esquecer. Caixa alta e grita-se. Esquecer não é opção. Aprender a viver "sem" é duro, árduo, dói...mas como qualquer outra dor física, isso passa e só resta a lembrança. Uma doce verdadeira especial lembrança.

Nunca é demais.Jamais é impossível. Adeus não existe. Só posso dizer: até mais, Vida!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Mantra

"Não fazer novamente...não fazer novamente...novamente...não...fazer...não."

Quis me permitir não fazer novamente, denovo, o que outrora já fiz um dia...não sei se é um passo a frente, dentre tantos para trás que já dei recentemente.

Senti um peso, um descontrole me levou a não querer passar por isso (denovo)...cansei, chuta-se o balde, joga a verdade e seja que Deus quiser.
Cansei do mesmo, e espero que ele canse de mim também.
de muitos..de tantos resta o vazio.
Vazio companheiro, seja bem-vindo, denovo, novamente.
Te sinto, você está aqui e eu também.
Não queria que fosse só mais uma dentro na multidão...
Foi diferente, com você.
Obrigada.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Depois de tempos sem atualizar, e de muitas idas ao confessionário do travesseiro, quebrando mais uma vez uma muralha e vou abrir meu peito.

"Grita!
Procura-se um modo de resolver os meus medos sem dor.
Quando você acha que já passou de tudo, e bate no peito dizendo que já sofreu demais...rs...você não está nem na metade!
As palavras machucam mais que um tapa? se achas isso, não sabe o peso do silêncio, e não é aquele que o personagem fica paralisado sem ter o que falar, é quando o ator não sabe o que pensar.
Revirar.
Passar...passado..passe adiante; pode-se passar anos, minutos ou segundos, e ele continuará lá...te julgando, fazendo com que cresça! Será? ou o passado é aquele amigo que você contava tudo, até a cor da calçinha ou o beijo que arrepiou a nuca, e do nada foi embora (ou pior, teve que ir embora!)
O mundo não pára, muito menos a vontade que ele não pare.
Pára!
Não adianta mais, palavras como mudança, suficiente precedido de "não é", hoje, ontem...eu quero o Agora! Viver o agora, é pedir demais?
NÃO adianta mais...falar frases bonitas e esperar que convença outras pessoas, se você não convence nem a si mesmo.
Argumentar pra quê? o quê?
Grito.
Sem personagem ou ator, não quero um perfil pré-selecionado,ou palavras que machucam, muito menos silêncios que devastam...medos doem, encará-los é aquela dor lancinante, e a verdade é que cutucar uma ferida, jogar água oxigenada ou fazer de tudo para "machucar" não é necessariamente ruim. Isso é o que faz aprender.
Cadê as palavras? ou o silêncio? e a coragem de bater no peito?
Passo...quero...não quero.
Aqui não é um espetáculo, não precisa de ensaio ou superar seus limites, se existe limites é para ser respeitado, superar é uma atitude forçada de querer que aja de uma maneira extrema, mas será que tá preparado? lembre-se aqui não é espetáculo, todos os erros são julgáveis e merecidos de punição, seja  forçada lembrança de algumas pessoas ou a tentativa de uma estratégia gritante.
Reviro...o tempo.
Sem querer revirar o que nos dá aquele frio na barriga, e não no bom jeito, mas porque lembrar é tão angustiante e o tempo só piora. E quem falou que o tempo cura todas as feridas estava errado...o tempo só existe para prolongar o medo de encarar certas verdades.
Concretizar sentimentos. Tempo...ah, velho tempo, você é relativo, é traiçoeiro, um minuto bate a saudade que sufoca, em 3 segundos você já quer sufocar o indivíduo, e quando você acha que essa bipolaridade de sentimentos passou, no próximo segundo a sequência de três palavras é só o que consegue pensar.
Ou quem pensar.
Gelo imaginário...Muralha de vidro...se alguém pensou que eu tinha um gelo inquebrável ou a muralha da China, que era forte, ou um vaso de solidez...
Meu argumento para isso: Silêncio.
Afinal, quem cala consente...mas o silêncio pode dizer a mais sincera das verdades: Não sou tão forte assim.

"Às vezes é melhor ficar calado deixando que os outros pensem que você é um idiota, do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida. (Abraham Lincoln)"


Quebro em mil pedaços...sou um quebra-cabeças que não se encaixa. A corda do violão que quando se tora não tem remendos. Mas me reinvento com uma simples vontade de querer ser feliz.
J.M